É pouca a literatura ficcional sobre a vida no meio rural. Menor ainda com referência à presença de poloneses e seus descendentes nesse meio. À margem do rio apresenta o modo de vida de pessoas e famílias num habitat característico da região da Serra Gaúcha: os moradores têm suas casas construídas, em geral, próximas a uma estrada, a qual circunda um rio, entre morros. As histórias do livro – que se entrecruzam – mostram os anseios dos homens e mulheres, a sua alegria simples, a colaboração mútua e a religiosidade.
O trabalho na roça, as práticas e as características culturais das famílias e personagens das histórias narradas no livro, as incertezas que eles tinham e o lento suceder dos dias são questões recorrentes no cotidiano dos moradores da Linha 11 de Novembro. As histórias referem, ainda, a miscigenação e as trocas entre culturas, bem como o paulatino esquecimento e o abandono das referências culturais relativamente aos imigrantes poloneses.
O foco da história do livro, então, é a vida dos descendentes de poloneses que habitam o lugar, cujos nomes e lugares são fictícios e não têm qualquer relação com nomes e lugares porventura existentes. A Linha 11 de Novembro começou a ser ocupada também por famílias de origem italiana, onde anteriormente só havia famílias de descendentes de poloneses, devido ao êxodo destes para outras terras ou para as vilas e cidades. O êxodo, com suas consequências, e todos os demais elementos das histórias dos moradores da Linha 11 de Novembro possibilitam ao leitor a compreensão do alcance significativo contido no título do livro.
Ano: 2015
Edição: 1ª
Editora: EST Edições
Idioma: Português
Páginas: 142
Papel: Ofício