A obra revela que por aqui tudo existia. A natureza era completa. As águas, as árvores, os arbustos, os bichos do mato. A região era habitada por caboclos que viviam de modo primitivo. Os novos imigrantes somente foram aceitos pelos caboclos porque eram muito humildes. Os europeus temiam os caboclos, que geralmente andavam armados. Com a construção da estrada de ferro ligando São Paulo ao RS, por volta de 1910, atravessando o Estado de SC de Sul a Norte, costeando o Rio do Peixe, por uma firma americana, a sorte desta região tomou outros rumos. O Governo pagou a construção com glebas de terra às margens da ferrovia; a construtora, por sua vez, as vendeu para empresas colonizadoras.
Essa região pertencia à Colônia Concórdia e a companhia Mosele estava interessada na aquisição de terras. Em 1927, chegou a Arabutã um grupo de imigrantes alemães, vindos da Romênia, que em troca de serviços recebiam terras e comida dos colonizadores. É a esses alemães que devemos a colonização de Arabutã. O povoamento de início teve o nome de Pipoca, nome dado pelos caboclos ilhados durante uma enchente, alimentando-se de pipocas Com a vinda de alemães, mudou-se o nome para Nova Germânia. Durante a II Guerra Mundial, quando a língua alemã era proibida, mudaram o nome para Mauá.
Este nome ainda hoje é conservado em empresas, Clube 4-S e monumento da Praça. Mais tarde recebeu o nome de Arabutã, isso na língua Guarani quer dizer: pau-brasil, devido a uma madeira idêntica encontrada nas margens do rio Jacutinga.
Ano: 2002
Edição: 1ª
Editora: EST Edições
Idioma: Português
Páginas: 430
Papel: Ofício