Esta obra é uma imagem e um resgate da atividade filantrópica e cultural de Lydia Moschetti. Imigrante italiana dedicou grande parte de sua vida às obras assistenciais e benemerentes, não medindo esforços para realizar esse trabalho de vulto que a coloca na galeria das grandes mulheres que lutaram para a consecução de um desígnio: socorrer os cegos, os débeis, os doentes, os desamparados, e buscar a justiça para os desfavorecidos.
Quando a mulher ainda não exercia seu papel como cidadã, Lydia marcou o cenário histórico-social e cultural no Rio Grande do Sul, caracterizado pelo conservadorismo em relação ao papel feminino. Através de suas inúmeras entidades beneficentes lutou para a proteção dos cegos, das mães solteiras e das crianças, ligadas a um espectro sócio-econômico bastante tradicional.
Atenta ao desenvolvimento das faculdades intelectuais da mulher paralelo à benemerência, fundou uma instituição de caráter cultural, a Academia Literária Feminina. A figura de Lydia Moschetti para o estado gaúcho foi a do “cavaleiro andante” na busca corajosa e incansável de recursos para assistir os mais fracos.