A imigração não é um fato recente. Está no DNA dos indivíduos desde os primórdios da humanidade. É inerente ao ser humano a procura de um lugar melhor para viver. A procura por novas experiências de vida pode ser espontânea ou forçada pelas circunstâncias adversas do local onde se vive. Pode representar uma simples aventura ou um comprometimento sério e irreversível para o resto da vida. Pode envolver um indivíduo, uma família ou comunidade inteira. Enfim, representa sempre ruptura com o passado e busca de novos horizontes. Para bem entendera problemática da imigração, da troca de hábitat, faz-se necessário atentar para a existência de uma dicotomia conceitual sofrida pelo mesmo indivíduo: ele é imigrante no seu novo meio e é emigrante de onde está saindo. É transplantado de um ambiente cultural para outro.
Essa adequação implica rever conceitos e adaptar-se a um povo aparato mesológico. O objetivo da obra primeiro é informar sobre temas relevantes em tempos passados e em épocas mais recentes e estabelecer relações entre ambos. O autor partiu da premissa de que a história não se processa linearmente e sim em rede. Assim, o roteiro deste livro obedeceu à seguinte sistemática: inicia abordando o cenário europeu pós Revolução Industrial, passa para a Itália e seu contexto histórico, chega à América e suas mazelas na ocupação territorial, ao Brasil e suas oligarquias predadoras, ao R e a política de ocupação dos vazios demográficos, à Quarta Colônia de Silveira Martins e termina na bucólica Soturno, hoje Nova Palma.