Dentre as diversas facetas o autor desta obra se destacou sobremodo e profícua a função de Administrador. Em 1931 a convite do então chefe do Governo Provisório da República Getúlio Vargas, foi nomeado Diretor da Casa da Moeda do Brasil, onde permaneceu até maio de 1938. Foram anos de trabalho pertinaz e de reformas sérias, em que se destacam os estudos que realizou para a criação e implantação de uma nova unidade monetária nacional, o Cruzeiro, em substituição do desmoralizado mil réis.
Depois do grito do Ipiranga, porém, nada mais justifica a sobrevivência do mil-réis, porque o Brasil daí por diante nada mais teve que ver com o Rei, nem com o Reino da Lusitânia. Entregue o parecer ao Ministro da Fazenda, Osvaldo Aranha, foi o mesmo aprovado e submetido à apreciação de Getúlio Vargas, que o acolheu, máxime no tocante à denominação - cruzeiro. O autor foi incumbido de redigir em maio de 1933, um projeto de decreto-lei criando o cruzeiro e dando outras providências correlativas. O cruzeiro custou quase 10 anos para tornar-se realidade, posto que em novembro de 1942 foi adotado como padrão monetário brasileiro. Todo este histórico compreende esta obra.