Este trabalho estuda a Moral estoica em Cícero. Ninguém ignora a ampla influência que exerceu o Estoicismo nos primeiros séculos da nossa era, nem o imenso crédito que gozou Cícero no Ocidente. A ele deve-se o conhecimento sobre o Estoicismo. O primeiro meio de investigação oferece-nos a pesquisa das fontes. As citações, expressas ou tácitas do autor, as influências que confessa as confrontações com outras obras permitem distribuir o material segundo as origens. Dois capítulos abrirão o debate sob forma geral, embora decisiva, e tentarão definir um o conceito de moralidade, o outro o de utilidade.
Descobre-se assim e se fixará as principais concepções de Cícero, que será estudado de maneira mais apropriada e técnica. Dois outros capítulos apresentarão as virtudes que decorrem do fim moral: um os incluirá na unidade da natureza racional e social, que é a sua fonte comum, o outro detalhará os deveres próprios a cada um. O estudo das virtudes exige a sua prolongação no das paixões, que lhes são opostas. É lá, sem dúvida, que Cícero reproduz mais fielmente a doutrina estóica, não, entretanto, sem apreciáveis matizes. No fundamento das divergências, dissimuladas ou proclamadas, se descobre um pouco em toda parte uma preocupação política.
Ou ensine a praticar a virtude ou a combater a paixão, Cícero não esquece jamais que se dirige a cidadãos, que é o bem da Cidade que o levou a estudar o bem moral sobre que discutem os filósofos. Isto revela a suma importância de sua Moral política: ela será o objeto dos dois últimos capítulos, que examinarão um a sua ideia do Direito e o outro a do Estado e suas leis. Todos os exemplares estão com pequenas manchinhas nas laterais devido a ação do tempo.