Esta obra é resultado de convite a uma centena de autores, motivado por várias comemorações: 66 anos de vida e 40 de sacerdócio de Frei Rovílio Costa, 125 anos da imigração italiana e 175 da imigração alemã no Rio Grande do Sul, 500 anos do descobrimento do Brasil. Frei Rovílio, o homenageado é um ícone da cultura sul rio-grandense. Sua atuação, no entanto vai além das fronteiras gaúchas e brasileiras: vários autores de outros estados e da Europa participaram. É uma poliantéia representativa de significativos investigadores de teologia, filosofia, antropologia, educação, psicologia, sociologia, história e especialmente do processo imigratório.
As reflexões sobre ciência, investigação e pesquisa abordam a responsabilidade social da universidade, os padrões explicativos darwinianos, a reinvenção de identidades, propostas para uma ciência ir além do tradicional. Outros textos examinam a atualidade de Mounier; caráter e angústia; memória, enraizamento-desenraizamento; relações interpessoais; entrelaçamento entre discurso e prática; a aporia da filosofia analítica, humanismo na cultura brasileira, o Uno/Deus; franciscanismo; teologia prática experimental, diálogo teológico e outros temas de teologia, filosofia, biblismo.
Os movimentos migratórios (italianos, alemães, açorianos) ocupam a maior parte do livro – saúde, usos e costumes, alimentação, trabalho, pioneirismo, simbologia, religiosidade, cantos, literatura, língua, periódicos, sociabilidade, política, agricultura, comércio, indústria, economia- na Europa, na América Latina, no Brasil e, sobretudo no RS, estendendo-se para Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Espírito Santo. Os depoimentos dão sentido à história vivida e construída pelos autores da cultura.