No dia 2 de Janeiro de 1896, vindos de Bordeaux, depois de uma escala no Rio de Janeiro, desembarcavam no Porto de Rio Grande, os três frades saboianos que dariam início a presença capuchinha no Rio Grande do Sul. São os freis, Rafael de la Roche, Bruno de Gillonay e Léon de Monstapey. Chegados a Porto Alegre, depois de uma negociação com o Bispo que lhes oferecia as paróquias das Dores, em Porto Alegre, de Torres e de Alegrete, os frades, graças a intervenção do Pe. Bartolomeu Tiecher, ex-pároco de Garibaldi, dirigem-se a este vilarejo da Serra Gaúcha, onde iniciam sua missão atender os colonos italianos dispersos pelas colônias recém-ocupadas.
Esta obra apresenta as correspondências de Frei Bruno de Gillonay à Província da Sabóia, sobre o andamento da Missão de 1895 a 1909, transcritas, traduzidas e analisadas pelo Professor Vanildo Zugno, constitui um documento essencial à história da Ordem e da Igreja local. Frei Bruno trabalhou em cinco frentes principais: implantação da Ordem, trazendo os cursos de filosofia e teologia do Líbano; atendimento à proposta missionária da Igreja local, com missionários volantes, e à área de colonização italiana, atuação na formação do clero, assumindo o Seminário Diocesano de Porto Alegre; promoção da instrução e educação, agendando a vinda de religiosos e de religiosas franceses e formação geral e informação da população, através da comunidade escrita.
Frei Bruno escolheu a devoção ao Sagrado Coração de Jesus como selo da missão (Carta de 5-5-1905, 3º) hoje denominada Província do Sagrado Coração de Jesus. A sequência cronológica de seu epistolário mostra a evolução e afirmação da missão com calma, método, reflexão e análise, usando a correspondência como único veículo que se oferecia para buscar opiniões e sugestões em sua Província de origem, a Sabóia.
Ano: 2007
Edição: 1ª
Editora: EST Edições
Idioma: Português
Páginas: 448
Papel: Ofício