O autor é um profundo conhecedor das imigrações europeias e define-se nesta obra, pela literatura Vêneto rio-grandense. Fala de obras que poderia se chamar obras abertas, enquanto ao serem lidas se transformaram ou se completaram de tantas formas e maneiras, quantos foram seus leitores. Mas, ele enquanto comenta os livros: Nanetto Pipetta, Stòria de Nino fradelo de Nanetto Pipetta, Togno brusafrati, Stòrie de peder.... dentre outras, faz sua auto-história linguística e caracteriza a forma dialetal dessas obras, como fala vêneta, exatamente a fala de sua região de origem.Essa literatura foi o suporte de uma experiência cultural centenária a do imigrante italiano e descendentes, no Brasil Meridional.
O uso constante do idioma familiar viabilizou uma forte consciência das raízes históricas, fator importante no processo de aculturação do descendente italiano. Segundo o autor precisa ser passada dos periódicos das diferentes épocas ao livro impresso, pois o caminho comum dos temas dialetais foi o jornal, a revista e posteriormente, alguns foram privilegiados pela circulação em livro. Além do valor histórico desses seriados, a sua publicação daria continuidade a uma experiência já vivida, que voltaria à tona, harmonizando o ontem com o hoje de nossa história. A literatura Vêneto rio-grandense se constitui numa advertência aos estudiosos de nossas letras a não continuarem marginalizando aquilo que é tão seu quanto o seu próprio lar.
Ano: 1988
Edição: 1ª
Editoras: EST Edições, EDUCS e Fondazione Giovanni Agnelli
Idioma: Português
Páginas: 134
Papel: Ofício