Minhas memórias

Minhas Memórias
Li, com muito gosto, as memórias de um ser humano extraordinário, nosso querido Prof. Dr. Monsenhor Urbano Zilles. Duas pessoas especialíssimas, que marcaram profundamente o meu itinerário vital, nasceram em junho de 1937: minha mãe (24-6) e o Monsenhor Zilles (1-6).
Da minha progenitora, herdei a fé cristã (fides). Do Monsenhor Zilles, recebi o legado da fé que procura compreender fides quaerens intellectum, dado que ele dedicou, de modo exemplar, grande parte de sua vasta produção intelectual ao diálogo entre Teologia e Filosofia, fé e razão, Igreja e mundo.
Pensava que conhecia relativamente bem a trajetória do Monsenhor, visto que, como estudante de Filosofia, em Viamão, durante um ano, em 1987, cursei duas inesquecíveis disciplinas de Filosofia Contemporânea que ministrou. Por sugestão dele, como orientador, escolhi o Ateísmo Antropológico de Ludwig Feuerbach (Religionskritik) como tema da dissertação de mestrado. Também fui discente do insigne professor no mestrado em Filosofia da PUCRS, nas aulas que deram origem ao livro Filosofia da religião, mencionado em suas memórias. Fui, enfim, fortemente influenciado pelo Monsenhor, pois, assim como ele, cursei Filosofia e Teologia, além de realizar doutorado na Alemanha, com sua inestimável recomendação.
Porém, ao ler essas memórias, deparei-me com aspectos da vida do Monsenhor Zilles que ainda desconhecia, tais como fatos da infância, da juventude, da convivência familiar, dos estudos na Alemanha, de 1962 a 1969, e das atividades de gestão na PUCRS. Ao longo desses relatos, permanece constante uma pessoa extremamente dedicada ao que faz, seja como gestor universitário, professor (formador de várias gerações de intelectuais e presbíteros) e, não por último, como um sacerdote perito na evangelização da juventude. E, mesmo com uma carga alta de trabalho, como se pode constatar a partir da leitura dessa belíssima obra, sabia reservar tempo para a convivência com os amigos e familiares, sempre vivendo de modo simples e generoso, sem ostentação. Ele ensinou-nos que a figura (schema) deste mundo passa (1Cor 7,31)!
Ao Monsenhor Zilles, a gratidão daqueles que têm o privilégio de conhecê-lo um pouco mais, seja na paróquia, seja na Universidade ou nas suas publicações. De minha parte, fui triplamente agraciado!

Prof. Dr. Draiton Gonzaga de Souza
Decano da Escola de Humanidades da PUCRS

Mais informações e aquisição pelo email: urbanozilles@hotmail.com

Ano: 2020

Edição: 1ª

Editora: EST Edições

Idioma: Português

Páginas: 264

Papel: offset