Entre os poucos documentos sobre o início da vida dos imigrantes poloneses, conservou-se este “Nos peraus do Rio das Antas”. A oitava e nona secções, do município de Veranópolis, constituem a área geográfica onde se desenrolou a epopeia do imigrante polonês naquela localidade. O leitor e pesquisador poderá ver ainda hoje, como nesta localidade, o imigrante polonês enfrentou, talvez, o percurso mais cruel de todas as imigrações de nosso Estado. Longe do centro da colonização, não apenas pela distância geográfica, hoje insignificante, mas, sobretudo, pela incomunicabilidade. Os tão íngremes peraus do rio das Antas barravam até o desejo de buscar relacionamentos com outros imigrantes. Então, neste recesso do homem lançado ao seu destino, começou uma cultura comunitária, espontânea e se escreveram páginas indeléveis na história do Estado.
A obra revela os primórdios da imigração polonesa na oitava e na nona secção, a capela, a escola, as balsas. Além da escolha do lote rural, a construção das casas, primeiros moradores, primeiras roças e seu dia-dia às margens do rio das Antas. Listamos alguns sobrenomes de famílias moradoras nesta região: Arkuszewski, Bardin, Blaszczyk, Burdulis, Czarnowski, Gajewski, Gillonay, Grzybowski Jedlinski, Kolacinski, Lisiak, Lewandowski, Mokwa, Noskowski, Piasecki, Plucinski, Preczewski, Rapkiewicz, Ratajewski, Rejzner, Ruzczyk, Senczkowski, Stawinski, Studzinski, Szablewski, Szostkiewicz, Sztormowski, Szware, Szymanski, Warembier, Witkowski, Wonsowski, Zaluski, Zielinski, Zych, Zygier e outros.
Ano: 1976
Edição: 1ª
Editoras: EST Edições e UCS
Idioma: Português
Páginas: 78
Papel: Ofício