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Ostregheta semo drio deventar veci
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Esta obra apresenta humoradas crônicas algumas das quais mais parecendo contos. Nelas o autor recorda as peripécias de sua juventude, bem como a de seus colegas de “repúblicas” estudantis, na cidade grande que acabava de descobrir: a Porto Alegre dos anos 50. O texto apresenta à nova geração, uma Porto Alegre diferente, que deixou de existir a alguns anos. E um quê de nostalgia fica no ar... Sem renegar seu paese natal, Pinto Bandeira, 3º distrito de Bento Gonçalves, sempre carinhosamente presente em suas memórias, percebe-se que o autor amou e adotou como sua a cidade que então conheceu e na qual vive até hoje. Há páginas de grande vivacidade, em que uma suave bondade caminha lado a lado com uma ironia que se diria “pròprio contadina” e, para quem conheceu de perto o camponês na Itália, sabe o quanto o autor se saiu bem ao estudar-lhes a psicologia, pois, sob aquela capa de superficialidade e descontração, esconde muita observação inteligente e penetrante.
Os diálogos são sempre vibráteis, bem italianos, cheios de ímpeto e fogo, que nós, nortistas comedidos e reservados, não sentimos muito bem, mas que nos causam grande impressão e a tal ponto que parece estarmos a ver alegre e barulhenta reunião italiana, com palavrões, punhos fortes sobre a mesa e muito vinho... O texto bilíngue (Talian - Português) é uma sedução para o leitor preguiçoso... bom mesmo é caminhar pelo desconhecido de um dialeto como esse de que se vale o autor e mais ainda, se temos em mãos um livro tão agradável como este.
Ano: 1989
Edição: 1ª
Editora: Editora Sagra Luzzatto
Idiomas: Talian e Português
Páginas: 168
Papel: Ofício
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