Os estudos contidos nesta obra evidenciam que muitos são os rostos da Igreja no Rio Grande do Sul. Estes rostos começam a adquirir contornos no contexto do ciclo de evangelização paulista, gestado a partir da fundação do colégio de São Paulo (1554). Sacerdotes, bandeirantes, soldados, indígenas, homens livres e escravos são partes integrantes desta Igreja num território disputado por duas coroas: a portuguesa e a espanhola.
Desde o século XVIII, açorianos começam a dar novo perfil à Igreja que e gesta no RS. Deles provêm expressões como as festas do Divino e de Nossa Senhora dos Navegantes. O século XIX vai trazer profunda mudança à vida das populações cristãs do RS. Com a vinda de imigrantes da Europa Central, dá-se início ao processo de romanização e de restauração católica, mas também abertura aos dissidentes religiosos protestantes. Ao lado do catolicismo açoriano-português, instala-se um catolicismo ultramontano com face teuta, ítala ou polonesa. O protestantismo, incialmente luterano, recebe, posteriormente, influxos metodistas, batistas e anglicanos.
Gesta-se também movimento messiânico. Com todas essas influências a Igreja no RS vai experimentando também distintas formas de viver religião às quais, no século XX, vai se acrescentar o Pentecostalismo.