É um romance popular, canta a epopeia dos trigais de Passo Fundo. É a história de um jovem casal que, desejando modernizar os obsoletos processos tradicionais da agricultura e da pecuária, vai morar no interior do município, onde funda uma granja, utilizando processos revolucionários. É a história da transformação dos campos de pastagens nativas nas imensas lavouras que hoje formam o sustentáculo da economia do RS.
Longe da cidade, Celso e Dione, vivendo liricamente entre os encantos da natureza, no sossego do campo, constroem obra modelar, pondo em prática todas as encíclicas papais em favor do trabalhador rural. As famílias que moram na Fazenda de Fátima não sofrem atração alguma das cidades, porque se realizam plenamente ali mesmo, naquele ambiente bucólico, onde não lhes falta conforto e bem-estar. O Governador do Estado e o Bispo de Passo Fundo, visitando um dia a fazenda, confessaram: a Fazenda de Fátima é o Evangelho de Cristo a serviço do homem do campo. O namoro de Celso e Dione começa em Lagoa Vermelha, onde ele estudava no Ginásio Duque de Caxias, o mesmo estabelecimento que frequentou o Doutor Ari Dionísio Dalmolin, por longos anos Presidente da Fecotrigo; ela é aluna interna da Escola Normal Rainha da Paz, da mesma cidade.
Celso é filho se um granjeiro de Sananduva e Dione, de um fazendeiro de Passo Fundo. Concluídos os estudos, casam e viajam, em passeio de núpcias através do Uruguai e Argentina, que naquele tempo serviam de modelo no setor da agricultura e da pecuária. Instalam-se na fazenda do pai de Dione, onde podem aplicar as lições da viagem e os ensinamentos colhidos no Movimento Familiar Cristão.