Este trabalho procura ajudar a levantar o véu que cobre a sã a da resistência dos escravos no sul do país. Mas este escravo, para conhecê-lo, temos que dele nos aproximar quando ainda homem livre nas terras do Continente Negro. Para isto, foi descrito dois dos principais reinos bantús da costa ocidental da África. Enfocando livre, sua economia, e mais tarde, o escravo cativo, tenta-se melhor desgajar a própria essência do escravismo e de passar assim algumas falsas ideias largamente generalizadas por nossa historiografia tradicional. A presença do negro, ou melhor, a do escravo, na formação do Rio Grande do Sul, em forma geral, ou é marginalmente registrada ou simplesmente não é. A gravidade desta ausência explicita-se na impossibilidade de resolvê-la com uma simples adição quantitativa. Tendo o Brasil vivido, nos primeiros 350 anos de sua história, o escravismo como regime social de produção dominante, o escamoteamento do escravo é, pode-se dizer o escamoteamento de nossa própria história.
Sem escravos, sem escravismo, exorcita-se facilmente todo um passado de lutas sociais. A história de uma certa elite a dos senhores de escravos, assume então o caráter de uma história nacional. O autor aborda a expansão mercantil lusitana: por mares nunca de antes navegados; O Kongo e o escravismo: a crise de uma nação negra na África Central, Ginga vai à Guerra; Agricultura histórica bantú, os portugueses e a plantação colonial; a origem do escravo gaúcho e o tráfico escravista na capitania do Rio Grande de São Pedro do Sul; escravos fujões na comarca do Rio Grande; Quilombos e quilombolas em terras gaúchas.
Ano: 1979
Edição: 1ª
Editoras: EST Edições e UCS
Idioma: Português
Páginas: 104
Papel: Ofício