Esta monografia vem enriquecer o folclore e a história do Rio Grande do Sul. O autor começa o trabalho recordando o esforço do empreendimento; passa ao elogio de Soledade que é a região geográfica do folclore examinado. Faz um breve histórico de Soledade com um retrato do universo local e o nascimento da economia com as Sesmarias de Soledade, a circulação da primeira riqueza, a erva mate, e o início da pecuária, na qual se apoiam o desenvolvimento da área e os fundamentos religiosos que surgem com a primeira capela em 1837. Dá um relance sobre a situação civil e religiosa com suas devoções populares, moral, enfim, a paróquia de Nossa Senhora da Soledade, 1857.
O autor incursiona pelos movimentos messiânicos no Brasil e pela estruturação de seitas. O misticismo nordestino, a construção de Canudos e os Muckers que marcam a presença no RS entram como pano de fundo. O autor passa à demonstração do comportamento sociológico dos Monges de Pinheirinho e Soledade Sobradinho. Ele busca as raízes do Movimento dos Barbudos, explorando o fenômeno do aparecimento dos Monges de Soledade com seus líderes, Deca e Tácio e as moças veneradas como santas. Outro capítulo culminante é “remanescentes dos Barbudos”, onde engloba depoimentos, testemunhos, entrevistas com os participantes ou descendentes ainda vivos. Bases existenciais para a história dos Monges Barbudos: orações, cartas, versos, cantos... a Fonte da água Benta, as Ruínas de São Joaquim.
O autor também faz um resumo sobre o desenvolvimento de Soledade: as diferentes etnias, como os lusos espanhóis, alemães, franceses, italianos e os temais atuais do progresso como cooperativas, pedras preciosas, extensão universitária. E acrescenta dois capítulos sobre os párocos que trabalharam em Soledade, desde o primeiro ao último e a presença dos Freis Capuchinhos na educação.
Ano: 1986
Edição: 1 ª
Editora: Gesa
Idioma: Português
Páginas: 330
Papel: Ofício