Nesta obra o autor busca em oito capítulos, internamente vinculados, desenvolver o solidarismo, em seus aspectos essenciais, com destaque das implicações dele derivantes. Como pedra angular, colocamos o homem, para o qual tudo converge e de quem tudo diverge. Assume-se a posição de que o princípio do solidarismo constitui um princípio ontológico, e não ético, da vida social. O ético reputa-se um consecutivo, expresso na divisa: “um por todos e todos por um”.
O objetivo é mostrar que o solidarismo representa um ideal projetando a sua luz sobre o novo caminho a ser trilhado pela humanidade, para que alcance a tão anelada civilização do amor. Com efeito, se oculta no solidarismo, a força viva para moldar a nova história dos homens. A esse ideal deve corresponde, necessariamente, uma profunda conversão individual, banindo o egoísmo e traduzindo, na práxis, a solidariedade oblativa. Os homens encontram-se hoje, numa encruzilhada: ou solidariedade ou desintegração.
O solidarismo visa a formar uma grande república harmoniosa dos espíritos, numa fusão planetária das consciências, acima de qualquer interesse individualista e acima de qualquer nacionalismo exclusivista. O solidarismo tem implicações filosóficas, sociológicas, éticas e teológicas, e é uma das facetas da doutrina social da Igreja, firma-se nessas áreas do conhecimento, para explanar e emoldurar, com clareza, o estudo em causa.