Os poemas, em língua vêneta, surgiram motivados pelo programa “Ana Rech e sua gente”, da rádio Independência, de Caxias do Sul - RS onde eram lidos pelo autor nos anos de 1982-83. A língua vêneta foi amplamente utilizada na forma coloquial jocoso-hilariante, especialmente para narrar às desventuras dos imigrantes em sua não fácil inserção na sociedade brasileira. O autor fugiu deste clichê, e quis demonstrar que esta língua, tão sonora, presta-se também para assuntos literários e científicos, como verdadeira língua neolatina. Há algum lirismo bucólico, mas, é no gênero épico que deve ser classificada a maioria desses poemas, sendo alguns meramente didáticos.
É uma notável contribuição para conservação e conhecimento da língua italiana falada no RS, denominada Talian. Com que direito escrevemos diz o autor? Somos legítimos herdeiros da Sereníssima República de Veneza. E são poemas, estas crônicas, esta prosa didática? Nem importa. Se você lendo, conseguir reviver o passado num clima de encanto, se você vibrar pelos feitos de um povo de bravos, se você aprender mais da língua dos velhos pioneiros, se você captar sua alma, seu espírito, então valeu. Como é bom saber, saber escrever, saber ler, uma língua estrangeira; a língua dos pais, conclui o autor!
Ano: 2006
Edição: 2ª
Editora: EST Edições
Idioma: Talian
Páginas: 112
Papel: Ofício