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Terra Natal. Terra Nova. O futuro das tradições italiana e alemã no Rio Grande do Sul
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Ao ensejo da comemoração dos 175 anos da chegada dos primeiros imigrantes alemães no RS e dos 125 anos do mesmo evento relativo aos imigrantes italianos, foi resolvido por algumas entidades relacionadas às duas etnias marcar essas efemérides através da realização de um Simpósio em que se abordassem temas relacionados às duas imigrações. Analisando o conteúdo discutido durante o Simpósio vemos uma predominância clara de problemas de imigração propriamente ditos, seguidos da manutenção da língua, seja ela padrão ou um dos dialetos (válido tanto para o alemão como para o italiano) e de preocupações com aspectos culturais e de tradição.
Como resultado do Simpósio espera-se uma conscientização gradual das entidades responsáveis pelo desenvolvimento cultural/linguístico no Estado, e dos atores que nele têm um papel, para a importância da “multicultura”, respectivamente “multilíngua” que os antepassados provindos do outro lado do Atlântico nos deixaram como herança. Essa a principal motivação da presente publicação. Os organizadores esperam que esta iniciativa sirva de incentivo para a realização de outras semelhantes e que resultem em aprimoramento, da mencionada herança cultural. Pessoas que têm contato com outras línguas e diferentes culturas certamente estão mais qualificadas para, no mercado de trabalho, darem sua contribuição para o progresso; assim, atividades dessa natureza poderão contribuir para criar um ambiente mais propício ao desenvolvimento do RS, de forma similar à importante contribuição dada a partir do século XIX pelos imigrantes italianos e alemães. Não podemos deixar de observar que, ao contrário do sucedido na Austrália, no Canadá e nos Estados Unidos da América do Norte, aqui os falares de origem dos imigrantes foram preservados.
Na atual era de globalização, esse fato representa um enriquecimento cultural e poderia ser um ingrediente adicional para o desenvolvimento sócio econômico, caso fosse possível estabelecer sistemas eficientes de ensino bilíngue. Por enquanto essa possibilidade ainda existe, mas deve ser urgentemente mais desenvolvida e reforçada.
Ano: 2002
Edição: 1ª
Editora: EST Edições
Idioma: Português
Páginas: 124
Papel: Ofício
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