Os poemas contidos nesta obra refletem a mentalidade do peão de fazenda. Poemas que falam do Rodeio Internacional de Vacaria, que falam, sobretudo, da vida da gente do campo, que falam do drama vivido pelo próprio autor, de seus amores fracassados, dos golpes sofridos por parte de espertalhões, que falam de uma longa existência de quem foi sucessivamente agricultor, para depois se estabelecer com moinho, atatona, engenho de canda e desfiadeira de crina.
Esses poemas são de um peão que não conheceu escola e que passou a vida trabalhando e sofrendo, sofrendo e trabalhando, cantando suas amarguras, os gemidos da alma cabocla, os golpes sofridos e que durante muitos anos permaneceram apenas na mente do seu autor. Esses poemas gauchescos declamados ou cantados ao som do seu violão empolgam pela sua simplicidade, espontaneidade e por vezes por sua surpreendente profundidade.